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Quem acompanha os estilos arquitetônicos no decorrer da história sabe que os tipos de arquitetura são sempre um reflexo de uma sociedade, variando de acordo com épocas e regiões.
Estilos arquitetônicos e tipos de arquitetura sofrem mudanças gradativas ao longo do tempo, principalmente devido ao fato de que cada cultura acrescenta a eles suas próprias peculiaridades. Sendo assim, o gótico no Brasil apresenta diferenças do gótico da Espanha, que apresenta diferenças do gótico da Escandinávia e assim por diante.
Os variados estilos arquitetônicos oferecem possibilidades riquíssimas para a criação de espaços que traduzam a visão e o tom do ambiente determinado pelo arquiteto. Seja para uma residência ou para um escritório, saber alinhar as influências adequadas certamente eleva a arquitetura de qualquer espaço a um outro patamar.
Então, neste post, conheça 5 dos principais estilos arquitetônicos e comece a encontrar inspirações para o seu próximo projeto hoje mesmo!
1. Clássico
Embora o tipo de arquitetura clássica date de séculos antes de Cristo, a sua influência ainda é bastante forte nos dias de hoje, proporcionando imponência, elegância e requinte às construções. Esse estilo é baseado nas arquiteturas clássicas grega e romana, as quais se preocupavam com, acima de tudo, a harmonia perfeita entre os elementos arquitetônicos.
A grega é caracterizada por três fases distintas: a dórica, a jônica e a coríntia. Cada uma com sua própria maneira de utilizar os diferentes elementos arquitetônicos importantes ao estilo, como as colunas e os frontões.
Hoje em dia, o estilo clássico pode ser visto em forma de cômodos imponentes, com cores sóbrias, e do grande uso de decoração e de ornamentos, principalmente aqueles inspirados em épocas passadas, como relógios antigos e candelabros. Pátios e espaços amplos também são herança da arquitetura romana.
2. Gótico
A arquitetura gótica teve origem no início do século X, na França, quando ainda era chamada de estilo francês. Foi apenas no Renascimento que as pessoas começaram a se referir, de maneira pejorativa, a esse estilo como gótico.
Sendo usado especialmente em catedrais, ele privilegia a verticalidade dos edifícios. O simbolismo por trás disso está relacionado à ideia de uma maior proximidade com os céus e, por consequência, com Deus.
Fazendo uma mudança em relação à arquitetura românica, que precisa de pilastras largas e pesadas para sustentar os arcos semicirculares, os normandos começaram a trabalhar com as abóbadas ogivais, as quais, além de aumentarem a amplitude dos edifícios, podiam ser sustentadas por pilastras e colunas mais finas.
Além de criar paredes mais leves, a fim de viabilizar o tamanho, essa arquitetura também privilegia a iluminação natural dos ambientes, com janelas e vitrais amplos. No Brasil, é possível apreciar a releitura da arquitetura gótica, ou neogótica, em edifícios como a Catedral da Boa Viagem, em Belo Horizonte, e a Catedral da Sé, em São Paulo.
3. Moderno
O termo arquitetura moderna é amplo e utilizado como referência às principais influências que dominaram grande parte do século XX. Grandes nomes da arquitetura, como Le Corbusier, Frank Lloyd Wright e o movimento Bauhaus na Alemanha, são incluídos no estilo moderno, principalmente devido à participação deles no famoso Congresso Internacional de Arquitetura Moderna.
Embora o estilo de cada arquiteto tenha suas características, é possível traçar elementos em comum que eles compartilham. Um deles é a rejeição a estilos anteriores. Os modernistas acreditavam que a arquitetura do passado se preocupava demasiadamente com ornamentos e com o cunho estético dos edifícios e da paisagem. Em contraposição, os estilos modernos privilegiam a impessoalidade e a funcionalidade dos espaços, além da integração com o cenário ao redor.
No Brasil, o principal nome da arquitetura moderna é Oscar Niemeyer. O estilo ainda pode ser visto em muitas fachadas de prédios públicos e residenciais.
4. Minimalista
Em relação à origem do minimalismo, não existe um consenso. O estilo é visto como uma confluência de outros elementos, como a cultura japonesa e a escandinava, e apresenta influências do construtivismo russo.
Hoje em dia, é possível dizer que o minimalismo vai além de uma estética. Para muitos, tornou-se um estilo de vida. Na arquitetura, o minimalismo também privilegia a noção de que menos é mais. Ornamentos estão ausentes e os projetos são feitos a partir de retas e formas geométricas.
A ausência de elementos rebuscados torna os ambientes mais abertos e espaçosos, o que pode ser ressaltado por uma decoração igualmente minimalista, com poucos móveis e uso de cores similares.
Ambientes como spas e jardins são ótimas oportunidades para pôr em prática o minimalismo. Para quem também quer se dar o desafio de fazer algo extraordinário com pouco, um projeto minimalista é a chance certa de brilhar.
5. Contemporâneo
Embora muitas pessoas associem o estilo moderno ao contemporâneo, a verdade é que são duas vertentes diferentes. Como visto, o moderno teve seu início na primeira metade do século XX, já o contemporâneo pode ser identificado a partir do final do mesmo século.
A arquitetura contemporânea é uma convergência de tendências. Embora retenha a funcionalidade valorizada pela arquitetura moderna, ela se preocupa mais com a personalização dos espaços e com formatos e móveis que reflitam um tom ou uma atmosfera menos impessoal.
Formas irregulares e o uso abundante de luz natural são elementos comuns à arquitetura contemporânea. Refletindo também os aspectos socioculturais da época, esse estilo incorpora a preocupação com o meio ambiente, fazendo uso de inovações e tecnologia para a criação de projetos sustentáveis.
Outra característica do estilo contemporâneo é a valorização do espaço externo, que muitas vezes possui tantas amenidades e conforto quanto o próprio ambiente interno.
Por fim, esses são apenas alguns dos vários estilos arquitetônicos utilizados ao longo do tempo. Para encontrar inspiração, procure por estilos que sigam princípios e valorizem aspectos que mais condizem com o projeto. Não se esqueça também de explorar as diferentes épocas, locais e contextos nos quais os estilos foram utilizados, pois cada cultura traz seu próprio toque para a arquitetura.
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